Gente, muito tempo sem postar e uma preguiça enorme de pensar.... rs
Mas como toda bailarina, todas nós sofremos com a DOR. Dor nos pés, nas costas no braço, no abdomem... em tudo.
Segue uma reportagem que saiu no Globo reporter há um tempo.
bjs
O Limite da dor.
O corpo parece não ter limites. Contraria a lógica. Cada músculo e cada articulação são insistentemente exigidos. A coreografia precisa encantar. Eles parecem flutuar. São leves, delicados, nós quase não percebemos, mas os movimentos dos bailarinos escondem uma energia difícil de ser medida. E mais ainda, uma força muscular que muitas vezes faz com que o ser humano vá além dos seus próprios limites.
"Quando eu estou dançando, não sinto dores. Parece que a gente esquece tudo. Parece que a gente se transforma quando está em cena. Parece que a gente dá lugar para o personagem", conta a bailarina Inês Drummond.
Cada um dos 35 bailarinos do Corpo de Baile do Teatro Guaíra, no Paraná, faz do palco uma extensão da vida. E nesse amor desmedido, nem sempre o cansaço é levado em consideração. Muitas vezes, a dor, suave ou intensa, faz da dança uma tortura. Um sofrimento omitido em nome da arte.
Inês tem de 40 anos, 21 de balé. Alex Daniel Cajé tem 23 anos, onze de balé. Caminhos diferentes, um mesmo destino. Lesões graves no joelho impediam os movimentos, mas eles insistiam em não atender aos sinais.
“Dancei com dor. Levei uns oito meses até descobrir o que era”, diz Alex. “Era complicado. Encontrava forças em outras musculaturas. Aprendi a trabalhar de outra forma e isso não é muito bom”.
O tempo não apagou da memória de Inês cada uma das vezes em que dançou limitada pela dor ou até mesmo quando ficou de fora dos espetáculos.
"Quando eu era mais nova, era muito ruim, eu chorava muito, ficava muito triste. Me abalava muito emocionalmente o fato de eu ter me machucado, mesmo que fosse por pouco tempo. Para mim, parar por uma semana representava um ano. Nunca admitia. Por isso, muitas vezes eu dancei machucada. Acho que isso acarretou meus problemas futuros”, comenta a bailarina.
O joelho ficou enfraquecido por tantas lesões. Para corrigir uma fratura, Inês precisou se acostumar a dançar com um parafuso implantado na perna.
Conhecer o drama de quem não pode contar com o instrumento de trabalho facilitou a atuação de Carlos Cavalcanti. Ex-bailarino do Guaíra, ele abandonou a profissão aos 31 anos de idade para se tornar fisioterapeuta do corpo de baile. Seu trabalho: ajudar os bailarinos a conhecer os seus limites, suavizar a dor, sem comprometer a perfeição.
“Entender que você pode fazer com prazer, deve fazer com calma, com respeito ao seu corpo. O seu corpo vai dizer tudo”, ressalta o fisioterapeuta.
Fonte: http://globoreporter.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-140-4-2995,00.html
A dança não me salvou
Há 10 meses
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Pôoooxa, finalmente voltou a ativa hein?
Feliz 2009!
é flor vc sabe bem o que é fazer aula quando ainda não se pode neh...beijinhussssss
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