terça-feira, 5 de junho de 2007

O QUE É DANÇA DO VENTRE

A história da dança do ventre é tão antiga quanto a história da humanidade. É a primeira dança feminina de que se tem registro. Enquanto as outras danças eram ligadas à sobrevivência (chuva, caça…) e executadas pelos homens, desenhos em cavernas de mulheres dançando, já evidenciavam seus ventres a mostra. É claro que esta dança difere em muito da que conhecemos hoje, mas a sua origem e essência, está ligada ao matriarcado.

Os movimentos de contração, ondulação e vibração foram desenvolvidos pelas mulheres no intuito de aliviar dores menstruais e preparar os músculos para a gestação e o trabalho de parto. Por este motivo, a dança diversas vezes é também associada ao culto da Grande Deusa (natureza) em virtude da fertilidade do ventre e da terra.

Os ciganos, nômades, espalharam-se pelo mundo carregando consigo uma cultura e um modo de vida muito particulares. Rumo ao ocidente, passando pela Pérsia, Mesopotâmia, Turquia, Norte da África até chegar ao sul da Europa. Muitas vezes para sobreviver, usavam de números artísticos, cantando e dançando em mercados e feiras livres. Diversas manifestações de cultura surgiram do resultado dessas miscigenações aos costumes locais.

Quando os ocidentais chegaram ao Egito, por volta do final do séc. IX, ficaram encantados com o dança exótica das dançarinas regionais. Estas, por sua vez, adaptaram a dança e as vestimentas ao gosto ocidental e acabaram por deixar as ruas entrando para clubes noturnos. Chegando aos Estados Unidos atravéz da França, na época “hollywoodiana” a dança atingiu o conhecimento mundial do público, embora com conotações sexuais que por longos anos foram prejudiciais a verdadeira função da dança.

Em contato com o balé clássico, a dança incorporou braços delicados, pés na meia-ponta, técnicas precisas e coreografias. Transformada assim em espetáculo, a dança do ventre ganhou espaço nos grandes teatros, casas de show e telas do cinema.

A “Rack El Sharq”, “Dança do Leste”, ganhou na França o nome "Dança do Ventre", associado ao lado físico das movimentações (tronco, quadris, abdômen), além da própria origem histórica sempre ligada a representação da fertilidade, da gestação, do nascimento e da maternidade.
Dançada até hoje pelas mulheres nos países do Oriente Médio, a vida é comemorada com música e dança por esses povos, que tem por cultura celebrar desta forma, o parto, a primeira menstruação, a gravidez, o batizado, casamentos, aniversários, colheitas, …

Aqui no Ocidente, esta manifestação artísitca conquistou adeptas de todas as culturas e idades, sendo extremamente difundida atravéz de profissionais e escolas especializadas, além de usada como auxílio terapêutico em casos de resgate da auto estima feminina entre outras.

extraido de: http://www.suheil.com.br

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