Um pouco sobre nossa musa inspiradora, musicalmente falando. Umm Kulthum e considerada a Diva da Musica arabe, nao basta saber dancar, voce tem que sentir na alma o amor, a dor, e todos os sentimentos que suas musicas falam transmitem. As Bailarinas Egipcias, em sua grande maioria, nao aprovam ocidentais dancando Umm Kulthum, dizem que as ocidentais nao sofrem por amor como o povo egipcio, por isso nao sabem interpretar suas musicas como se deve. Bem, nao sei qual bailarina disse isso e de onde veio essa informacao, mas que e preciso ir muito alem da tecnica para dancar Umm Kulthum, isso sim precisa.
Segue um material bem legal que achei sobre nossa diva.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Umm Kulthum | |
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Informação geral | |
Nome completo | Umm Kulthum Ebrahim Elbeltagi |
Nascimento | entre 1898 e 1904, em Tamay Ez-Zahayra, El Senbellawein, Egito |
Data de morte | 3 de fevereiro de 1975 Cairo, Egito |
Instrumentos | Vocal |
Extensão vocal | Contralto |
Período em atividade | cantora, atriz |
Gravadora(s) | EMI Arabia |
Biografia
Umm Kulthum nasceu com o nome Fatima Ibrahim al-Baltaji na aldeia de Tamay ez-Zahayra em El Senbellawein, província de Dakahlia, na região do Delta, perto do Mar Mediterrâneo, numa família pobre. Sua data de nascimento não é confirmada como o registo de nascimento e não é considerada em todo o mundo árabe. O Ministério da Informação do Egito parece ter considerado ou 31 de dezembro de 1898 ou 31 de dezembro de 1904. Provavelmente ela nasceu entre essas duas datas. O seu pai, al-Shaykh Ibrahim al-Sayyid al-Baltajil, era um xeque local que chamava os crentes à oração e recitava o Alcorão em ocasiões festivas, como casamentos ou os Maulids (celebrações das datas de nascimento de figuras do islão, como do profeta Muhammad). A mãe de Umm Kulthum era doméstica.Em tenra idade, ela mostrou excepcional talento para cantar. Seu pai, um imame, ensinou-lhe a recitar o Alcorão e ela disse ter memorizado o livro inteiro. Quando tinha 12 anos, seu pai a disfarçou como um menino e ela entrou em uma pequena companhia de artistas de recitação que ele dirigia. Aos 16 anos, chamou a atenção de Abol Ela Mohamed, um cantor modestamente famoso, que lhe ensinou o velho repertório clássico. Poucos anos depois, ela conheceu o famoso compositor e tocador de oud Zakariyya Ahmad, que a convidou para vir ao Cairo. Embora tenha feito várias visitas ao Cairo no início de 1920, ela esperou até 1923 até se mudar permanentemente para lá. Foi convidada em várias ocasiões para a casa de Amin Beh Al Mahdy, que lhe ensinou a tocar o oud (alaúde). Desenvolveu uma relação muito estreita com Rawheya Al Mahdi, filha de Amin, e se tornou sua melhor amiga. Kulthum inclusive compareceu ao casamento da filha de Rawheya, embora sempre tentasse evitar aparições públicas.
Na cidade do Cairo Umm Kulthum e a sua família foram vistos como antiquados e campónios. Numa tentativa de aperfeiçoar o talento da filha, o pai contratou vários professores de música. Dado que na época não era bem vistas as carreira artísticas, o pai de Kulthum continuou a acompanhá-la, embora em finais da década de vinte Umm Kulthum tenha-se tornado uma mulher independente, que escolhia os compositores com os quais trabalhava.
Amin Al Mahdi apresentou-a ao meio cultural no Cairo. Na capital, evitou cuidadosamente sucumbir às atrações do estilo de vida boêmio e de fato por toda a sua vida destacou seu orgulho de suas origens humildes e a adoção de valores conservadores. Também manteve uma imagem pública bem gerida, que sem dúvida contribuiu para o seu fascínio.
Neste ponto da sua carreira, foi apresentada ao famoso poeta Ahmed Rami, que escreveu 137 canções para ela. Rami também a introduziu na literatura francesa, que ele admirava desde seus estudos na Sorbonne, Paris, e mais tarde se tornou seu principal mentor na literatura árabe e análise literária. Além disso, foi apresentada ao renomado compositor e grande conhecedor de oud, Mohamed El Qasabgi. El Qasabgi introduziu Umm Kulthum ao Palácio do Teatro Árabe, onde ela iria experimentar seu primeiro grande sucesso público. Em 1932, sua fama aumentou a tal ponto que deu início uma grande turnê pelo Oriente Médio, excursionando em cidades como Damasco, Síria; Bagdá, Iraque; Beirute e Trípoli, no Líbano.
Fama
Imagine um cantor com o virtuosismo de Joan Sutherland ou Ella Fitzgerald, a personalidade pública de Eleanor Roosevelt e audiência de Elvis e você tem Umm Kulthum, a cantora mais talentosa de seu século no mundo árabe. | ||
— Virginia Danielson , Harvard Magazine[2]
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Na década de trinta Umm Kulthum começou a gravar discos e em 1935 ocorreu a sua estreia no mundo do cinema, com a longa-metragem Wedad. Este foi o primeiro de seis filmes que contaram com a participação da artista. As canções interpretadas pela artista eram de natureza religiosa e popular.
Sua influência foi crescendo e expandindo para além da cena artística: a família real reinante teria pedido concertos privados e até mesmo assistir suas apresentações públicas. Em 1944, o rei Farouk I do Egito condecorou-a com o seu mais alto nível de ordem (Nishan el Kamal), uma condecoração reservada exclusivamente aos membros da família real e aos políticos. Apesar deste reconhecimento, a família real foi duramente contra seu potencial casamento com o tio do rei, uma rejeição que feriu profundamente seu orgulho e levou-a a afastar-se da família real e abraçar causas populares, tais como a sua resposta ao pedido de grande quantidade de egípcios presos em Falujah em 1948 durante o conflito árabe-israelense para cantar uma música em particular. Entre os militares presos estavam figuras que liderariam a revolução sem derramamento de sangue de 23 de julho de 1952, com destaque para Gamal Abdel Nasser, que era um grande fã de Umm Kulthum e que mais tarde se tornaria o presidente do Egito.
Doença e morte
A saúde de Umm Kulthum começou a deteriorar-se a partir de 1971. Em Março problemas com a vesícula biliar levaram ao cancelamento de espectáculos. Meses depois, uma infecção no fígado levou igualmente ao cancelamento dos espectáculos marcados para Março e Abril de 1972. O último concerto de Umm Kulthum foi em Dezembro de 1972.Nos anos de 1973 e 1974 a cantora visitou vários países da Europa e os Estados Unidos da América com o objectivo de procurar tratamento para os seus problemas no fígado.
Em Janeiro de 1975 agravaram-se as suas complicações no fígado e cantora seria hospitalizada no Cairo, contra a sua vontade. Umm Kulthum faleceu a 3 de Fevereiro de 1975, vítima de um ataque cardíaco. O funeral foi marcado para a mesquita Umar Makram no Cairo, local conhecido por nele decorrerem os funerais de altas personalidades egípcias. Contudo, o funeral teve que ser adiado dois dias, devido à chegada ao Egipto de numerosos fãs da cantora vindos do mundo árabe, apesar deste adiamento ir contra as práticas funerárias muçulmanas que recomendam o enterramento o mais rapidamente possível.
Referências
- ↑ Umm Kulthum (1898–1975). Your gateway to Egypt. Egypt State Information Service. Arquivado do original em 2009-11-24.
- ↑ http://allmusic.com/cg/amg.dll?p=amg&sql=11:gifwxqw5ldke~T1
Bibliografia
- GOLDSCHMIDT, Arthur - Biographical Dictionary of Modern Egypt. Lynne Rienner Publishers, 1999. ISBN 1-55587-229-8
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