domingo, 22 de julho de 2007

::III Festival de Dança de Embu das Artes::

Olá pessoal!

Não costumo utilizar esse espaço para coisas pessoais, mas preciso compartilhar o vocês meu depoimento sobre esse evento.
bjs
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Sábado, dia 21 de julho, participei do III Festival de Dança de Embu das Artes.

Fui por livre e espontânea pressão das minhas amigas... rs... Me inscrevi de última hora, não tive tempo de ensaiar... que frio na barriga...

Saí de São Paulo às 8 da manhã, por não saber quanto tempo levaria pra chegar de ônibus em Embu.
Cheguei cedo, e como todo evento de dança, ele atrasou o ínicio. Vi o horario da minha apresentação, me senti estranha, não havia nenhum conhecido, muito estranho...rs... Procurei um cantinho onde pudesse desacelerar o ritmo que estava, achei um lugarzinho legal, com sombra, mas se fosse um pouco para trás, havia Sol.Como sempre, carrego um incenso comigo, coloquei um new age no meu mp3, deixei o volume alto, acendi meu incenso, e fui relaxando, pensando em coisas boas, pensei na minha mãe, que está internada, desde o dia 16, aproveitando aquele momento totalmente sensorial, mandei energia pra ela, e o que veio a mente foi, "eu vou conseguir por ela".

Fui para o vestiário, encontrei meninas, que concorreram no Mercado Persa comigo, conversamos, rimos, nos ajudamos, com diacs, maquiagem e afins, sem clima de rivalidade, apenas amizade, aliás novas amizades.Encontrei uma amiga que iria concorrer no profissional, ter alguém próximo de mim, e deixou muito tranquiila.

E iniciou o festival, varias apresentações, até que veio a minha. Estava me concentrando e subi no palco, fiz meu posicionamento, pensei nela mais uma vez, e fui embora.

Minha amiga disse que fui muito bem, mas opinião de amigo a gente desconfia...rs... não de fora má, mas às vezes pode ser meio imparcial.

E a festa foi rolando, e logo após a categoria profissional, veio o resultado das categorias amadoras, dança do ventre foi a última a ser chamada... estava tranquila, fui de boa no evento, mas dá um aperto no estomago assim mesmo..rs.. afe...Chamaram a 3º colocada, uma menina da Rede Hayat, anunciaram a 2º, e antes do nome falaram, da Escola Deusa Bastet de danças orientais... minjha aiga ficou toda feliz... e eu pensando, as pode ser a outra menina da escola que veio dançar também, logo foi solucionado... Me chamaram... meu coração quase pulou pela boca...rs... e a 1º colocada que foi justamente a menina que ajudei com a maquiagem, fiquei feliz por ela, muito linda, e terminou a apresentação dela com uma caída turca!E passou o tempo, a festa terminou, minha amiga não se classificou e fomos embora.

Já em São Paulo, no metrô, comecei a lembrar do dia, lembrei do que tinha me proposto no início do dia... comecei a chorar, esse foi o 2º evento que me classifico, e esse foi pela minha mãe, que apesar das brigas, e desentendimentos, nós nos amamos, e sem ela eu não poderia estar fazendo nada disso hoje.

Então, Mãe, esse prêmio eu dedico à você.

baiser...

domingo, 15 de julho de 2007

A Música Árabe e os Instrumentos Musicais

– Com o passar dos anos a música oriental recebeu influência da música ocidental e começaram a aparecer instrumentos novos como a guitarra eletrônica e o saxofone. Dessa maneira, a música perde um pouco de suas raízes, pois se misturam ritmos que não são especificamente árabes.

Além disso, a música perde seu sentimento, pois passa a ser tocada por “máquinas” e não por seres humanos, esquecendo-se da parte melódica (característica muito forte da cultura árabe), fazendo assim com que a Dança do Ventre perca parte da sua originalidade!

Instrumentos Árabes – Os instrumentos que acompanharam a Dança do Ventre no século passado foram: alaúde, violino de cordas, flautas e instrumentos de percussão como: o derbak, o duf e o pandeiro.

Duf – É um antigo instrumento de percussão, um pandeiro ou tamborim grande e sem pratinelas. É circular e revestido de pele de cabra. Na antiguidade os árabes utilizavam para animar os que iam ao combate. O “duf” agrega-se ao “derbak” para indicar a troca de ritmos. As mulheres têm sido grandes tocadoras de “duf”, destacam-se atualmente entre os homens. O “duf” também pode ser usado como um agradável e simples acompanhamento para o cantor, sem nenhum outro instrumento.


Saggat – Snuj – Instrumento formado por paredes de discos metálicos de uns 6 cm de diâmetro que se colocam nos dedos polegar e médio de cada mão e tocando-os conforme o ritmo da música. Normalmente é usado para abrilhantar o show ou fazer homenagem à bailarina. Na Turquia é chamado de Zills.

“Tar”- Pandeiro – É parecido com o “duf”, o que se distingue é que possui “uns pratinhos” metálicos incrustados no aro de madeira e que faz o som ficar mais ligeiro. É um instrumento muito importante porque pode acompanhar o solo das evoluções rítmicas da bailarina.
“Req” – Possui um aspecto exatamente igual ao “tar”, distinguindo-se apenas pelo tamanho, um pouco menor.

“Al úd”- Alaúde – É considerado o “sutão” dos instrumentos, símbolo da música árabe, tanto atualmente, como na antiguidade. É um instrumento de corda e é preferido pelos compositores que acompanham os cantores solos e para declamar poesias árabes antigas. O alaúde é um instrumento de origem muita antiga, produz os melhores sons e é o único instrumento capaz de seguir todas as melodias, pois foi construído inspirando-se nos movimentos que representam os 4 elementos fundamentais da natureza: o fogo, a terra, o ar e a água.

“Qa Nún”- Saltero – É considerado o segundo mais importante instrumento de corda dentro da música árabe. Ele é triangular, como mostra a foto, e precursor da harpa e piano. Contém 24 cordas triplas. Acredita-se que ele tenha sido inventado por um matemático e físico muçulmano chamado al – Farabi, sendo o mais sensível de todos os instrumentos. O som resulta do toque das cordas de cobre que vibram sobre uma cavidade de madeira. O número das cordas chega a 90. Para a bailarina de Dança do Ventre, o saltero é muito importante, acompanhando com perfeição as evoluções e os giros.

“Nay” – Flauta – É um instrumento musical muito simples fabricado pelos egípcios desde a época faraônica, a partir de talos de cana. É uma planta silvestre que cresce nas margens do Rio Nilo, parecida com a cana-de-açúcar. A diferença é que esta é oca por dentro e se aproveita a parte do talo, mais próxima do solo. De aparência simples, a flauta possui uma escala musical completa e está presente em todos os países árabes, despertando uma farta nostalgia. Desde a antiguidade, os árabes têm utilizado a flauta para acompanhar o recitar de poesias, sendo em muitas ocasiões o motivo central dos poemas. É um dos instrumentos preferidos das bailarinas, pois além de ser ótimo para acompanhamento em solo, possui um som com características singulares. Em virtude de seu som triste e solitário, a bailarina pode demonstrar o domínio do seu corpo nos ritmos lentos, demonstrando profundos sentimentos e concentrando a atenção dos espectadores já envolvidos numa melodia mais séria de tonalidades graves. A flauta é também utilizada para improvisações, principalmente quando a intenção é tornar o som mais alegre e vivo.


É importante estudarmos os instrumentos árabes: “Tabla” – Derbak – É um instrumento de percussão imprescindível para a bailarina e os músicos. Muito utilizado no mundo árabe, ele marca o ritmo de todo o resto do grupo musical, tanto em músicas modernas quanto em músicas tradicionais. É interessante notar que ele é coberto por pele de peixe e às vezes de cabra. Seu som pode variar dependendo dos toques do músico e do tamanho do instrumento. As bailarinas, em sua maioria, adoram e recorrem ao “derbak”, para reavivar um show, podendo com ele substituir todos os outros instrumentos de percussão. Durante uma apresentação, bailarina e o derbakista realizam um verdadeiro diálogo, variando os ritmos de mais lento para o mais rápido. O Egito é um país muito rico em ritmos como: masmudi, carachi, whada wo noz, malfuf, baladi. Todos esses ritmos, comandados pelo “derbak”, são o suporte das melodias coreográficas da bailarina de dança do ventre.

Vamos conhecer mais instrumentos árabes: Mijurez – Além da flauta ( Nay ), Mijurez é outro instrumento de sopro de alto diapasão, muito utilizado em danças folclóricas, assim como o Mizmar para a dança marcial masculina.

Ainda tem mais instrumentos árabes para conhecermos: Mizmar – Também chamado de ZIMR. Encontra-se mais no mundo islâmico com algumas variações, aí se aumenta o ar e a velocidade, podendo elevar uma oitava. Possui repetidos trinados e timbre no agudo. A diferença deste para o Mijurez é que este é duplo.

Você já ouviu falar no Tablele? Mais um instrumento árabe – Muito utilizado em danças folclóricas e muitas vezes em algumas aldeias, chegando a substituir o próprio derbak. TABLELE – este nome significa Tambor Grande, é um instrumento recoberto por pele nos dois lados. Toca-se com ele pendurado ao corpo e com uma baqueta por trás, mais fina e outra maior, marcando o som grave à frente.

Mazhar – Pandeiro grande com snujs e com um som estrondoso.

Bouzouk – Utilizado na música grega e em alguns países dos Emirados Árabes. Trata-se de um alaúde pequeno no corpo e longo no braço.

Harbabeh – Precursor do violino. Tocado na posição vertical, sua forma clássica é o Kemenjeh.

Possui duas cordas encravadas na rabeca – em uma concha d coco;

Órgão – Teclado eletrônico, na escala árabe de um quarto de tom;

Kamanja – É um violino como o ocidental, só que usado na escala árabe;

Arghool – Bastante primitivo e de origem egípcia. São de diferentes tamanhos, classificados como um clarinete e possui a mesma estrutura das flautas escocesas;

Acordeon – Igual ao nosso ocidental, só que usado na escala árabe.