quarta-feira, 21 de março de 2007

Novidades!!!!

Desculpem a demora!!! Muitas coisas pra fazer e pouco tempo pra tudo.

Antes de mais nada, venho divulgar a Inauguação da Deusa Bastet - Escola de Dança do Ventre.
Será dia 1 de abril, domingo, eu e várias outras meninas estaremos nos apresentando à partir das 17 horas.

A Festa será no Hasbaya Clube do Brasil Rua dos Franceses, 518 Bela Vista.

A entrada será 25 reais, incluido toda a a apresentação, buffet árabe e serviço de garçon.
O buffet é liberado, ága e refrigerante também. Outras bebidas são pagas a parte. A entrada deve ser adquirida antecipadamente na própria escola maiores informações pelo telefone 3081-4568.

E pra quem quiser conhecer nossa escola, Ela funciona de segunda à sábado, horário para visitas é a partir das 14 horas durante a semana e sábado durante todo o dia, podendo fazer uma aula para conhecer a metodologia e dinâmica de aula.

O endereço é Rua João Moura, 791 (Esquina com a Av. Teodoro Sampaio) - Pinheiros - São Paulo.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Escolha seu traje

O traje escolhido para a dança revela muito sobre a bailarina. Mais do que o fator revelador das fendas e decotes, está a preferência por determinadas cores modelos e estampas.

No começo dos meus estudos em Dança do Ventre, tinha em mente o velho modelito de sempre: bustie, saia com fendas e cinto cheio de penduricalhos. Com o passar do tempo - como tudo na moda - surgiram novos e ousados modelos, que iam desde saias com camadas de tecido ou fendas exuberantes, até os famosos trajes com estampas de ‘oncinha’.

Comecei a questionar até onde ia a necessidade de mudança e atualização nos trajes e a tentativa ‘inovadora’ que se torna cômica ou até mesmo vulgar. Há, sim, um limite embora nem todos admitam essa possibilidade.

Quando vejo as fotos de Dina - e ela é a Top no quesito sensualidade e ousadia - me surpreendo, sempre. O que salva é que sua dança realmente é muito bonita, limpa e marcada, senão apenas seus modelos sumários chamariam a atenção. Morocco já escreveu uma note em seu site dizendo que em alguns lugares em que dançou, Dina era proibida de dançar, porque os mais ‘conservadores’ não gostavam de seus trajes. E já houve um bá-fá-fá em um fórum por causa da famosa ‘roupa de aranha’ de uma bailarina, na qual as pessoas tentavam entender a conexão entre seu traje e a arte da dança árabe. Sabe-se que no Egito é recomendado usar a segunda pele em shows - exceção que Dina faz questão de exercer - e me pergunto: se o berço da nossa Dança é comprovadamente em sua maior parte Egípcia, por que não respeitar certas condutas?

Não vejo necessidade de exagerar na produção de maneira que sua dança se torne um desfile. Ou ainda mais, que se comente apenas seu traje e nada de sua dança seja lembrado depois... e por que se desfazer do sonho dourado, a primeira associação de dança do ventre - o bom e velho trio bustie/saia/cinto para utilizar saias mini, casaquinhos, luvinhas e afins??

Claro que este é assunto polêmico e opiniões divergem, mas eu tento apenas ressaltar que nem sempre tudo é válido em dança não. Há locais em que ‘tudo é permitido’ por causa do fator Arte, mas discordo plenamente. Já que mencionamos ‘Arte’ que se respeite ao menos as raízes culturais da dança. E se nos propusermos a inovar e ‘modernizar’ a Arte, que seja de maneira elegante e lúcida.

Uma dica legal é sempre combinar o traje com o estilo de música a ser dançado.Veja a seguir o meu guia:
- Clássicas grandiosas geralmente pedem algo fluido, leve que fique como se fosse um sonho esvoaçante
- Percussão -algo ‘moderno’ em termos de cores, fendas e apliques - fuxicos, bordados, etc. acessórios coloridos e alegres, para combinar com a música, pode-se usar as calças, que têm sido muito utilizadas
- Folclóricas - usualmente com a barriga coberta! Vestidos, segunda pele, véus encobertos
- Modernas /Cantadas - vestidos, lycra, fendas, mas ainda assim algo que remeta ao velho trio
Quanto as cores:
- Pessoas de pele clara combinam com os tons - rosa, verde-claro, azul-claro,dourado,marrom,lilás
- Pele morena escura - amarelo, laranja, vermelho,azul forte,branco
- Pele morena clara - verde escuro, tons de azul e vermelho
- E ao sabor do humor e da música...

IMPORTANTE: pense sempre na decoração do local que irá dançar, informe-se antes para não correr o risco de dançar de preto num local onde o fundo é preto, ou misturar-se à parede que decora o local.

Extraido de: http://www.abailarina.com/

sábado, 3 de março de 2007

Ritmos

• Baladi
É sem dúvida o mais conhecido e mais utilizado ritmo para Dança do Ventre. Em árabe baladi significa meu povo, pode representar a terra natal e tudo o que tenha origem popular. A dança caracteriza-se pela marcação forte do ritmo: os pés da bailarina marcam o tempo musical enquanto seu quadril marca o contratempo. Está aí o segredo da precisão técnica de uma boa dançarina. É o ritmo mais executado pelos músicos e cantores pop, principalmente no Egito, já que possui forte apelo comercial.

• Said
Traduzido diretamente para o português significa feliz, é um ritmo árabe bastante popular executado em ocasiões festivas. A palavra Said também pode ser usada para Egito, ou uma determinada região desse país, onde se acredita que o ritmo tenha sido criado. É considerado um estilo folclórico e popular para concepção de espetáculos de dança. No Brasil é conhecido como o ritmo da dança com bastão. Estudiosos da cultura árabe dizem que em princípio este ritmo era dançado apenas por homens que simulavam batalhas com seus longos bastões, sendo também um treinamento para lutas. Esta dança masculina lembra bastante o maculelê dançado no Brasil, fazendo supor que as origens africanas sejam comuns aos dois tipos de dança. No Egito, os homens fazem espetáculos de Tahtib, dança que traduz uma espécie de luta com bastões que se batem no espaço, marcando o ritmo. Nessa espécie de arte marcial, os movimentos são fortes e ágeis, marcados por saltos, giros e batidas de bastões.

• Saud
Também conhecido como Khalige, embora esta palavra signifique apenas a localização geográfica que originou este ritmo e compreende toda a região da Arábia Saudita e países do Golfo Pérsico (Jordânia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, etc.). No Oriente é chamada de dança dos desertos, já que os nômades são os dançarinos tradicionais. As mulheres vestidas com suas longas túnicas de corte geométrico e ricamente bordadas dançam de forma bastante sensual, movendo a cabeça, mexendo nos cabelos e marcando ritmo com os pés.

• El zâf ou Arussat
Mais conhecido como marcha nupcial árabe. Marca a entrada dos noivos no local da cerimônia e celebra a união. Em princípio, apenas os noivos entram dançando e convidam as pessoas para compartilhar de sua alegria; as noivas também podem entrar acompanhadas por mulheres dançando, cantando e fazendo zalghuta (aquele gritinho lílílilililili). Esse costume é maior nas aldeias, onde as bailarinas fazem papel de damas de honra e acompanham a noiva da saída de sua casa até a chegada ao local onde será celebrado o casamento. Geralmente as mulheres que acompanham as noivas são suas tias e mulheres mais velhas.

• Ayub ou Zar
Chamado popularmente de ritmo de macumba, é o estilo que marca os rituais de comunicação entre os seres humanos e os jins. Geralmente é executado pelas gawazi (ciganas ) e serve para livrar os homens de possessões demoníacas. Os jins são aqueles seres citados nas histórias das mil e uma noites que ficaram conhecidos como gênios da Lâmpada. Em principio não são bons, nem maus, e trabalham atendendo aos pedidos dos seus “amos” através das magias e encantamentos; como na história de Aladim. Esses são rituais ancestrais e que perduram no Oriente, porém em vários países o culto aos jins foi proibido principalmente por envolver sacrifícios de animais. Atualmente este ritmo é executado dentro de espetáculos de dança, mas sem o objetivo ritualístico.

• Falahi
Tocado e dançado pelos Falahin, ou camponeses que moram no interior do Egito e são geralmente pastores de cabras e camelos; podendo, ou não, dedicarem-se à agricultura. É ritmo bem rápido que exige precisão e força da bailarina na hora de dançar.

• Malfuf
É um ritmo muito rápido, típico do Egito. Durante espetáculos de Dança do Ventre é usado como “ponte” de movimento, ou seja, faz a passagem de uma situação cênica para outra.

• Wahda EL Nuss
Conjunto duplo, popularizado como ritimo para dança da serpente, onde a bailarina deve mover seu corpo como se fosse uma cobra. Os braços são a prioridade de movimento neste ritmo lento e cadenciado de origem antiga.

• Maksun
É considerado uma forma mais acelerada do ritmo baladi.Estes são apenas alguns dos ritmos usados para dança oriental, existem muitos outros que variam de região para região.

www.dancedeusa.com
( Texto retirado do livro Dança do Ventre: Ciência e Arte/ Patrícia Bencardini)Por: Mahira AL Shakt